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À medida que nos aproximamos de 2050, data em que nos termos do Acordo de Paris a União Europeia se propõe ser a primeira economia e sociedade com impacto neutro no clima, os desafios que lhe estão associados tornam-se cada vez mais tangíveis.

Impulsionada pela revolução digital, a economia – quer a nível nacional, quer global – está a passar por uma transformação profunda. Esta mudança é sustentada pela crescente necessidade e importância dos dados, pela automação dos processos, e pela multiplicação de sensores que recolhem informação 24h por dia, 7 dias por semana.

Na atual era digital, a segurança cibernética é mais crítica do que nunca. Os custos do cibercrime, em especial para as empresas, envolvem impactos diretos significativos, de que são exemplo a interrupção temporária da atividade ou os valores associados à recuperação de sistemas. A isto juntam-se os impactos indiretos, como os danos causados à reputação. No limite, os ataques cibernéticos podem conduzir ao fecho de uma organização.

O sistema core bancário é o coração da infraestrutura tecnológica de qualquer banco. É ele que permite assegurar a gestão dos clientes, das contas correntes, dos depósitos a prazo, dos empréstimos, dos sistemas de pagamentos, ou das transferências, entre muitos outros tipos de movimentações bancárias.

As perspetivas e tendências para 2024 devem ser vistas em várias frentes. Destaco algumas. Em primeiro lugar, e no capítulo da Inteligência Artificial (IA) e IA Generativa, depois do impacto da primeira onda altamente mediatizada, importa perceber até que ponto irão surpreender e se irão progredir de forma explosiva e evoluir rapidamente. Ou, em alternativa, se teremos um período de menor mediatização e, possivelmente, assistir a uma generalização destes modelos de forma mais discreta e menos perturbante.

No mundo interligado de hoje, falar da importância da cibersegurança nunca é demais. À medida que os países emergentes adotam os avanços tecnológicos, devem também estar cientes dos riscos associados às ameaças cibernéticas.

A utilização de um cartão físico, até agora o veículo preferencial utilizado nos pagamentos de compras, está seguramente a viver os seus últimos dias. Sugiro abordar a temática da revolução no setor dos pagamentos através da perspetiva de duas grandes transformações e do impacto que as mesmas terão na experiência dos ditos pagamentos.

De alguma forma, as expressões Banca Online, Web Banking ou Mobile Banking caíram em desuso face a temáticas mais abrangentes e comercialmente mais poderosas, como Digital Banking ou Artificial Intelligence.

Os dados são uma fonte de informação poderosa. Ouvimos muitas vezes esta frase, ou algo parecido, mas qual o seu verdadeiro significado e como é que a informação potencia e se torna relevante naquilo que devemos designar por “Novo Setor Financeiro”?

O futuro da indústria financeira passa por estas duas palavras (digitalização e sustentabilidade), e existem múltiplos campos em que elas nos aparecem interligadas. No entanto, ambas as expressões são de tal forma abrangentes que, por si só, podem significar qualquer coisa ou coisa nenhuma.

As mudanças ocorridas nos pagamentos de compras na última década tiveram origem em vetores condutores da sociedade que se autodinamizam em função das necessidades evolutivas do consumo, produzindo transformações radicais disruptivas dos ciclos tradicionais. Vejamos cada um desses vetores:

O setor financeiro, sendo altamente regulado, é muitas vezes acusado de ser lento na adoção de medidas inovadoras e de tecnologias disruptivas. Contudo, nos últimos anos, começa a verificar-se um comportamento inverso, com uma forte aposta no campo da digitalização por parte das instituições financeiras.

“The social responsability of business is to increase its profits.” A afirmação de um dos mais conceituados economistas do século XX, Milton Friedman, proferida em 1970, está hoje seguramente ultrapassada e fora de moda.

O mundo mudou com a Covid-19: está ainda mais competitivo, mais digital e a concorrência é cada vez mais global. É perante este novo contexto que a questão se recoloca: quais são os fatores críticos de sucesso das empresas de futuro?

Começo por perguntar-te: o que é que aprendeste em 2020? Este foi um ano diferente, cheio de desafios e que tão cedo não esqueceremos. Tudo o que acreditávamos ter e ser foram por água abaixo quase de um dia para o outro. O nosso mundo estremeceu. E o nosso corpo e alma ou lutaram ou derreteram, tal como um corneto de chocolate ao sol.

Efeito Covid na digitalização da sociedade e do sector financeiro. Todos já ouvimos crianças a proferir a frase “quando for grande quero ser...”, e onde antes aparecia Astronauta ou Bombeiro, começou também a aparecer Instagrammer, Blogger, YouTuber e afins.

Desafios em tempos de mudança, em que esperar pelo “normal” é perder tempo que não temos. As mudanças que vivemos nos últimos meses condicionaram fortemente qualquer estratégia ou plano em execução. A digitalização da banca acelerou, não por uma visão estratégica, ou por uma evolução natural do modelo de negócio, mas sim por um fator externo “disruptivo” que impôs a necessidade deste novo “normal”.

Na altura que este artigo foi escrito o Mundo não tinha ainda sido assolado pela pandemia que todos testemunhamos. É, contudo, ainda mais adequado face ao momento que vivemos que possamos falar de confiança e colaboração.

A inovação digital aplicada à gestão da carteira de crédito é o mote deste artigo de opinião onde se evidencia a importância de as instituições financeiras terem acesso às mais modernas técnicas e ferramentas. O destaque vai para a Inteligência Artificial e utilização de modelos de Machine Learning.