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José Nunes, Administrador da Asseco PST

Digitalização e sustentabilidade no setor financeiro

O futuro da indústria financeira passa por estas duas palavras (digitalização e sustentabilidade), e existem múltiplos campos em que elas nos aparecem interligadas. No entanto, ambas as expressões são de tal forma abrangentes que, por si só, podem significar qualquer coisa ou coisa nenhuma.

Concretizando neste contexto, na nossa visão, “Digitalização” significa: transformação de processos físicos em processos digitais (métodos de pagamento, documentos, assinaturas, canais de distribuição,...); modelos de negócio digitais mais ágeis e escaláveis (open banking, cross-selling,...); processos automatizados, mais rápidos e mais seguros (avaliação de risco, concessão de crédito, captação de clientes e/ou recursos,...); e utilização da informação para maior eficiência da instituição (CRM, AI, Machine Learning, BI,...).

Por sua vez, a palavra “Sustentabilidade” é traduzida em: segurança operacional (cyber security, segurança interna/IT, resiliência dos processos da instituição, disaster recovery,...); eficiência dos processos de negócio (usar canais de distribuição mais económicos, chegar mais longe usando parceiros, procurar rentabilidade em novas fontes de receitas contrariando a diminuição das margens de intermediação,...); redução de custos de operação e utilização racional de meios financeiros (investimentos criteriosos, automação de processos, custos de computação, custos de arquivo,...); e contribuição para um mundo sustentável (preocupações com a utilização de papel, desperdício de meios, opinião pública sobre a instituição,...).

Numa era em que existe pressão sobre a indústria financeira, com o aparecimento das Fintechs e de modelos de negócio simplificados, e em que os incumbentes do setor não têm a mesma vantagem ao nível da capacidade de investimento que já tiveram no passado, será cada vez mais importante perceber que aspetos da digitalização se materializam numa vantagem competitiva e/ou contribuem para a sustentabilidade da instituição. E, adicionalmente, perceber de que forma essas iniciativas estão alinhadas com o posicionamento estratégico da mesma instituição.

A Asseco PST, como fornecedora de soluções, tecnologia e integração, colabora muitas vezes com instituições e parceiros em projetos que vão desde um Core Bancário completo a uma pequena funcionalidade/melhoria numa sub-aplicação bancária, passando por CRM (gestão de clientes), RPA (automação), Midleware/Open Banking (integração), Canais, Risco, Processos, Data Warehouse, Infraestrutura, Segurança, entre outros campos de atuação. Mas, em todas estas situações, é sempre relevante, em conjunto com os nossos clientes, pensar nos objetivos que queremos alcançar com um determinado projeto ou programa, revisitar esses objetivos posteriormente, validando objetivos iniciais, e introduzindo medidas retificadoras nas soluções e/ou nos objetivos.

Tendências materializadas em palavras como Digital, Open Banking/Finance, AI, Agile Banking, Hyper Automated, Escalável, Cloud e Cyber Security, entre outras que integram o nosso léxico atual, são disciplinas que devem ser decompostas em ações concretas. Isto é, em pequenos passos que conduzem a um posicionamento de uma instituição, alinhando estratégia, tecnologia, processos e pessoas.

Resumindo, “Digitalização e Sustentabilidade” não são atingidas com uma receita única. As prioridades dependem muito do contexto interno e externo das organizações, e os meios disponíveis, tanto financeiros como humanos, podem condicionar a execução de uma visão. Não obstante, esta visão tem de estar sempre presente e ser o “farol” que permite alinhar o “barco” numa determinada direção, permitindo avaliar a todo o momento a pertinência ou prioridade de um investimento, escolhendo o momento certo, o parceiro certo, com as competências e ferramentas certas.

 
José Nunes
Administrador da Asseco PST

José Nunes é membro executivo do conselho de administração da Asseco PST, empresa de Tecnologias de Informação especializada no desenvolvimento de software bancário, desde Novembro de 2011. É licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (ISEC), tendo concluído o curso em 1991, e pós-graduado no Programa Avançado em Gestão para Executivos do Sector Financeiro, pela Universidade Católica Portuguesa, em 2000.

Adicionalmente, fez formação em Negociação e Compras pelo Instituto Norte-Americano e formação em Negociação pela Universidade LaSalle. Realizou igualmente vários cursos nos centros de formação profissional da Accenture, em Chicago (EUA) e Veldhoven (Holanda), e no Instituto de Formação Bancária.

Começou a sua carreira profissional como consultor, em 1992, na Accenture, onde permaneceu até 2007, sendo na altura Senior Executive. Durante os 15 anos que esteve na companhia teve oportunidade de dirigir vários projectos de planificação de negócio, desenho e implementação de sistemas de informação em entidades financeiras. De 2008 a 2009 foi membro do conselho de administração da Audaxys, com responsabilidade directa sobre toda a vertente operacional e estratégica. Daqui transitou para a Capgemini, onde exerceu o cargo de vice-presidente entre Fevereiro de 2009 e Julho de 2011.

Na Asseco PST, acompanhou por dentro a integração plena da empresa no Grupo Asseco, um dos maiores especialistas europeus no desenvolvimento de software, e a mudança de identidade corporativa, concretizada em setembro de 2018, com a assunção da nova marca. Na empresa, alia a sua formação técnica à experiência em coordenação de equipas e coordenação das áreas de desenvolvimento de produtos próprios, suporte a clientes, certificação de qualidade, entrega de soluções customizadas na banca e soluções de informação de gestão, entre outras.