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João Gonçalves, Digital, Data & AI Director

A digitalização, os dados e a automação na economia moderna

Impulsionada pela revolução digital, a economia – quer a nível nacional, quer global – está a passar por uma transformação profunda. Esta mudança é sustentada pela crescente necessidade e importância dos dados, pela automação dos processos, e pela multiplicação de sensores que recolhem informação 24h por dia, 7 dias por semana.

Esta tendência tem um impacto significativo em todos os setores da economia e, em particular, nas empresas que são forçadas a adaptar-se e a abraçar, com sucesso, estas mudanças, de forma a permanecerem competitivas, eficientes e sólidas.

Importa perguntar: como é que a digitalização impacta a economia? Em bom rigor, a digitalização não é mais do que um conjunto de processos que procura converter aquilo que antes fazíamos de forma física e analógica em formato digital.

Muitos aspetos da nossa vida diária, e dos negócios (claro!), estão hoje ligados à Internet. Esta conectividade impulsiona a economia, permitindo que as empresas e os seus negócios cheguem facilmente a novos mercados e que percecionem rapidamente os hábitos e costumes dos clientes desses mercados. Desta forma, é possível a automatização de processos e de tarefas, bem como a melhoria da experiência dos clientes finais. A facilidade de acesso a informações em tempo real possibilita também a tomada de decisões mais rápidas, informadas e objetivas.

A cola que permite tirar partido desta evolução disruptiva são os dados. Eles tornaram-se uma fonte de informação poderosa e o ativo mais valioso nesta economia digital. As empresas recolhem atualmente uma quantidade massiva de dados. Para deles extrair valor, as empresas estão obrigadas a identificar a informação relevante para entender as escolhas e decisões dos seus clientes. Só desta forma conseguirão otimizar as suas operações e mais facilmente desenvolver novos produtos e serviços.

Resultado: cada vez mais, a analítica está a tornar-se uma disciplina fundamental. Só as empresas que conseguirem transformar dados brutos em insights serão capazes de adquirir vantagens competitivas sobre os seus concorrentes. Existem, no entanto, três fatores adicionais que colocam desafios críticos na utilização dos dados. São eles:

  • A segurança, uma vez que a quantidade de informações sensíveis em circulação é cada vez maior.
  • A capacidade computacional para conseguir analisar enormes volumes de informação que, ainda por cima, pode assumir múltiplos formatos (estruturada, semiestruturada ou não estruturada).
  • A rapidez e a performance, pois a informação tem de ser disponibilizada em tempo útil para que as decisões possam ser tomadas nos momentos certos.

Com o objetivo de responder a todos estes desafios, as empresas procuram sempre o apoio da tecnologia para executarem tarefas, implementando processos que melhorem a eficiência operacional, a redução de custos e que permitam uma monitorização constante. No fundo, procuram a automação.

Em síntese, à medida que o progresso tecnológico avança, os processos anteriormente realizados por seres humanos tornam-se cada vez mais automatizados. Desta forma, as empresas adaptam-se e atribuem aos seus colaboradores tarefas cada vez mais complexas e estratégicas. A automação oferece ainda outra vantagem: permite às empresas incrementar a qualidade dos seus processos e a redução dos erros nas suas cadeias de produção.

O setor bancário, sendo uma área tradicionalmente conservadora, vai procurando adaptar-se a esta nova realidade. É neste quadro que, aos poucos, começam a assumir maior relevância os departamentos de Data Governance e de Data Quality Assurance.

Sejamos claros: as instituições do setor financeiro encontram-se particularmente bem posicionadas para tirar partido das informações de que dispõem. E não é pouca, se considerarmos:

  • a carteira de produtos de um cliente;
  • a informação constante nas redes sociais;
  • a informação constante nos sistemas de CRM da instituição;
  • os dados sobre rentabilidade de produtos e clientes;
  • as informações constantes noutras instituições através da Central de Responsabilidades de Crédito;
  • as informações demográficas dos clientes que são recolhidas nos processos de onboarding;
  • as informações relativas à utilização dos canais digitais;
  • os padrões nas transações realizadas.

Ou seja, as instituições bancárias estão entre aquelas que dispõem de uma maior capacidade para criar uma “fotografia” de alta-definição de cada um dos seus clientes. No entanto, apesar de todo este manancial de informação, a verdade é que continua a ser muito pequeno o valor que retiram dessa informação para personalizar a sua abordagem a cada cliente.

Mas estamos convictos que será impossível escapar a esta realidade. A digitalização, os dados e a automação estão a moldar o curso das economias modernas. As empresas são forçadas a abraçar estas tendências para se posicionarem junto da concorrência e obterem sucesso no longo prazo, tentando aproveitar todas as vantagens competitivas potenciadas pela inovação constante. A compreensão de todos estes fatores é fundamental para o sucesso das organizações – incluindo, naturalmente, as instituições financeiras.

 
João Gonçalves
Digital, Data & AI Director

João Gonçalves é diretor na Asseco PST, empresa de Tecnologias de Informação especializada no desenvolvimento de software bancário, onde trabalha desde 2013. É atualmente responsável pelas equipas de Canais Digitais, Data & Analytics e CRM.

Licenciou-se em Economia, em 1998, pela Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa (UNL). Concluído o curso, dedicou-se, entre outras tarefas, à investigação, desenvolvimento e teste de software específico para instituições bancárias e para a Bolsa de Valores de Lisboa no CEGE – Centro de Estudos de Gestão Empresarial da UNL.  Em Março de 2001, entra como consultor para a Accenture, de onde transita, cinco anos mais tarde, para a consultora Datacomp, como subdiretor de Serviços Bancários. No início de 2009, dá novo rumo à sua vida profissional, ao assumir as funções de diretor na consultora Via Consulting, onde se mantém até Agosto de 2013.

Ao longo da sua vida profissional, teve oportunidade de acompanhar projetos para diversas instituições bancárias, nacionais e internacionais, incluindo os bancos Santander Portugal, BPN, CGD, BAWAG P.S.K. (Áustria), Millenniumbcp e Banco Nacional da Argélia.

Na Asseco PST, além das equipas que coordena, foi responsável pela implementação de vários projetos em quatro mercados distintos: Angola, Moçambique, Portugal e Timor Leste.