Assunto inválido
Mensagem inválida
Nome inválido
E-mail inválido
Necessário aceitar termos de utilização de dados
Este site é protegido pelo reCAPTCHA, aplicando-se a Política de Privacidade e os Termos de Utilização da Google.
Rita Inácio, Deputy Director da área de Governance, Risk & Compliance da Asseco PST

Tecnologia AXIS, uma aliada nos desafios do ESG

À medida que nos aproximamos de 2050, data em que nos termos do Acordo de Paris a União Europeia se propõe ser a primeira economia e sociedade com impacto neutro no clima, os desafios que lhe estão associados tornam-se cada vez mais tangíveis.

Desde as empresas obrigadas a aferir a sua própria pegada carbónica, até aos bancos que num processo de crédito devem aferir o risco ambiental de determinada empresa ou projeto, passando pela criação de novos produtos financeiros sustentáveis, tanto do ponto de vista ambiental como social, são múltiplos os desafios que o ESG (Environmental, Social and Governance) coloca.

Da incorporação dos critérios ESG nas instituições financeiras constata-se que existem dois grandes tipos de impactos. Por um lado, ao nível dos dados, já que as exigências regulamentares e outras necessidades de informação obrigarão os bancos a tratar tipos de informação que até agora não consideravam. Por outro lado, ao nível dos modelos e metodologias passa a ser necessária a utilização de soluções tecnológicas que permitam mensurar e gerir estes novos tipos de riscos.

A Asseco PST, concretamente a sua suite AXIS de gestão de risco, tem vindo a trabalhar no sentido de disponibilizar às instituições financeiras mecanismos de tratamento de dados, associados aos critérios ESG dos seus clientes. O foco principal é o seu tratamento e padronização, designadamente no apuramento do desempenho ESG com impacto em balanço e resultados, processos e governance sustentável, divulgações e relatórios internos.

Maximizar a automatização e padronização dos dados para relatórios regulatórios como CDRS, SFRD, Rácio de Ativos Verdes, Stress Tests, entre outros, tem sido a nossa aposta. A isto soma-se a inclusão automática e facilitada das divulgações ESG no relatório e contas anual.

De acordo com modelos internos definidos, a partir do AXIS passa a ser possível despoletar processos automáticos de aferição da elegibilidade de determinado projeto ou empresa. Esta aferição é feita segundo os critérios definidos em linhas de crédito protocolares e enquadrados em princípios sustentáveis ou de economia circular.

No âmbito do reporte, mas com importantes impactos também ao nível de outros aspetos da gestão de risco, surge a questão da Taxonomia Verde. Referimo-nos a um sistema que permite a classificação de uma atividade com sendo verde ou não. Do ponto de vista da suite tecnológica AXIS, este tratamento é incorporado de raiz, permitindo a classificação das operações de acordo com a taxonomia, sendo essa informação partilhada pelos vários módulos de reporte e análise. Assim, conseguimos garantir a consistência transversal da informação.

Ao nível das metodologias, a Asseco PST tem vindo a desenvolver várias iniciativas, por exemplo ao nível dos Ratings ESG. Distinto dos Ratings ESG regulados pelas agências de rating ESG, o motor de rating AXIS permite a definição e aplicação de modelos de rating interno ESG, aferindo até que ponto as empresas ou produtos incorporam critérios ESG. Esta classificação pode apoiar as instituições financeiras na decisão e condições associadas a um processo de crédito.

O rating ESG é uma das componentes a ter em conta nos novos padrões do acesso ao crédito, agora enquadrada na necessidade de mensuração do risco ambiental de determinada empresa. De forma a reduzir o risco operacional no tratamento de grandes volumes de dados, também a interpretação automatizada de questionários sobre as emissões de gases com efeito de estufa de determinado negócio, a avaliação dos projetos a financiar, bem como a avaliação de desempenho da empresa, onde o risco ambiental passa a ser considerado, têm sido uma das principais preocupações a considerar nas soluções AXIS.

Outro dos grupos funcionais integrados na suite AXIS prende-se com automatização de stress tests climáticos, aferindo a capacidade de um banco reagir face a um ou mais contextos de extremo, do ponto de vista climático. Acresce a realização de análises de benchmark de pares e assim avaliar a sustentabilidade dos modelos de negócios dos bancos e a sua exposição a empresas com emissões elevadas; e um teste de stress de bottom up.

Uma das componentes que contribui para os stress tests climáticos e que também é considerada na suite tecnológica AXIS, concretamente na gestão de garantias recebidas, é a analise do risco físico (incêndios, tempestades, etc.) de imóveis dados como hipotecas, considerando o cálculo do risco pela localização do ativo.

A vantagem que, na nossa análise, mais se destaca na suite tecnológica AXIS é a integração entre soluções ou motores, permitindo, por exemplo, que rapidamente um rating interno ESG tenha impacto direto no risco de crédito de uma determinada empresa e, por consequência, na decisão de um processo de crédito, ou, para créditos existentes, na sua de imparidade.

 
Rita Inácio
Deputy Director da área de Governance, Risk & Compliance da Asseco PST

Rita Inácio integra o Departamento de Governance, Risk & Compliance da Asseco PST, empresa de Tecnologias de Informação, especialista no desenvolvimento de software bancário e um referencial na criação de soluções tecnológicas e conhecimento em todos os mercados onde atua.

Natural de Lisboa (Portugal), é licenciada em Engenharia de Telecomunicações e Informática, tendo concluído o curso em 2010, no ISCTE-IUL. Frequentou posteriormente o Programa Avançado de Gestão para Executivos (PAGE), na Universidade Católica de Lisboa, focado em áreas como Estratégia, Transformação Digital, Controlo de Gestão e Liderança. Participou também em iniciativas de formação enquadradas em Risk Management e Business Process Management.

Iniciou a sua carreira profissional em 2010, na Capgemini, na área de consultoria, tendo participado em projetos de implementação em clientes nos setores da banca e saúde. Daqui transitou para a Indra Portugal, onde esteve igualmente envolvida em projetos na área bancária, nomeadamente em serviços de consultoria e implementação de soluções tecnológicas de apoio ao cálculo de resultados e rentabilidade da carteira de ativos. Tem igualmente experiência acumulada na realização de estudos de mercado enquadrados nos setores bancário e segurador (solvência).

Em 2014, iniciou o seu percurso na Asseco PST, participando como consultora e gestora de projetos de consultoria na vertente Risco, mais concretamente Risco de Crédito enquadrado em serviços de consultoria de negócio e implementações tecnológicas – de que são exemplo soluções de apoio à mensuração de fatores de risco utilizados em âmbito regulamentar, provisões, ECL (imparidade) e classificações de risco (scoring e rating) de apoio à decisão.

Atualmente, é responsável pela área de Risco, desempenhando um papel de coordenação da equipa de consultoria de negócio em projetos internos e de cliente na vertente risco.